O documentário “O Dilema das Redes” virou hype.
Ele demoniza como nós somos manipulados pelas redes sociais. Mas o assunto nada mais é que uma repaginada do que sempre existiu.
Manipulação da sociedade não é novidade. Já tínhamos o consumo desenfreado influenciado pela propaganda, desde que as empresas de tabaco criaram a publicidade na década de 1920.
O mercado publicitário sempre foi um grande mercado. O fazer você a consumir mais, criando símbolos de status e outras coisas, não é novidade. Lembram da experiência do marketing 1 to 1? A criação de sistemas CRM? O que as redes sociais fazem é pelo acesso às informações que antes não eram disponíveis, potencializaram o engajamento.
O fato citado de você ser o produto, já era a base da TV aberta, gratuita, mas paga pelos anunciantes. Você sempre foi o produto, e as empresas ganham muito dinheiro para influenciar seu comportamento.
Na década de 50 a 70 pululavam artigos falando do vício das crianças em verem TV e serem influenciadas pela propaganda. Ela só ficou mais sofisticada com a tecnologia digital e a IA.
O documentário é legal, mas tem um viés de bater nas BigTechs. Virou o alvo da vez. Tudo tem lados positivos e negativos. O equilíbrio só virá com tempo e a responsabilidade é de todos nós. Não são só elas as vilãs.
Disponível na Netflix, produção traz uma reflexão sobre o modelo de negócios das mídias sociais e suas consequências.
Por Cezar Taurion

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Partner e Head of Digital Transformation da Kick Corporate Ventures e presidente do i2a2 (Instituto de Inteligência Artificial Aplicada). Na sua carreira, entre outras atividades, foi Diretor de Novas Tecnologias Aplicadas e Chief Evangelist da IBM Brasil e sócio-diretor e líder da prática de IT Strategy da PwC. É autor de nove livros e professor convidado da Fundação Dom Cabral. Foi professor do MBA em Gestão Estratégica da TI pela FGV-RJ e da cadeira de Empreendedorismo na Internet pelo MBI da NCE/UFRJ.
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*Cezar Taurion é Partner e Head of Digital Transformation da Kick Corporate Ventures e presidente do i2a2 (Instituto de Inteligência Artificial Aplicada). É autor de nove livros que abordam assuntos como Transformação Digital, Inovação, Big Data e Tecnologias Emergentes. Professor convidado da Fundação Dom Cabral. Antes, foi professor do MBA em Gestão Estratégica da TI pela FGV-RJ e da cadeira de Empreendedorismo na Internet pelo MBI da NCE/UFRJ.