Entrevista com Genésio Neto – Proprietário da G2G Telecom
Na sequência das análises realizadas sobre os impactos sobre a rede de dados provocadas pelos vários fatores desencadeados pelo Coronavírus, sigo analisando e mantendo no meu radar os provedores de acesso a Internet ou service providers.
O tráfego de dados teve uma mudança no comportamento, pois o usuário doméstico está também com tráfego corporativo, o que afeta diretamente aos service Providers. O volume de dados certamente cresceu muito devido ao tráfego gerado pelos home office aliado aos novos hábitos dos usuários com o consumo de conteúdo, lives, videogames e videoconferências.
Falando em videoconferência, dentre os softwares/Apps mais queridos pelo público está o Zoom com características mais voltadas ao uso doméstico e com tráfego maior aos finais de semana.
Já as ferramentas Teams(Microsoft) e Webex(CISCO) têm tráfego mais intenso durante a semana com uso predominantemente corporativo. As empresas buscam essas soluções principalmente pelas características de colaboração, onde a os usuários podem interagir nos mesmos documentos e trabalhar no formato colaborativo, além de possuírem mais recursos voltados a segurança cibernética.
Esse tráfego, somado aos streaming de vídeo e dos games gera um impacto nos Service Providers e essa enorme demanda impulsionou o investimento e crescimento da infraestrutura.

A VISÃO DO SERVICE PROVIDER
Em um bate papo com Genésio Neto, sócio proprietário da G2G Telecom, Service Provider que atua em seis cidades do interior de São Paulo, atento à crescente necessidade dos usuários, fala sobre a situação durante a pandemia e sobre “novo normal”.
Além dos serviços de internet, a G2G fornece voz, Interfonia, CFTV IP via Fibra, sistema segurança e monitoramento.
Wallace Rodrigues – Genésio , tendo em vista que você é um profissional empreendedor que criou uma service provider, qual é o seu ponto de vista a respeito do impacto da pandemia em sua empresa?
Genésio Neto – No nosso caso o impacto foi no aumento da demanda e procura por nossos serviços. Não sofremos pois sempre trabalhamos com uma certa margem de segurança e planejamento. Mas as incertezas nos levaram a adequar o formato de trabalho considerando um cenário de calamidade, com riscos e medos por parte dos clientes e também dos colaboradores internos. Criamos novos processos para adequar esta situação com procedimentos para trabalho de equipes externas, EPI (Equipamentos de Proteção Individual), trabalho home office, etc.
WR – Você entende que essa realidade reflete em todos os service providers?
GN – Sim seguramente, pois a necessidade de serviços aconteceu e ainda está presente em escala nacional e internacional, onde a grande maioria da população foi obrigada a trabalhar em casa praticamente de um dia para outro precisando de conexão de melhor qualidade para o trabalho além de compartilhar o uso tradicional doméstico.
WR – O que é necessário para que empresas como a G2G e empresas de pequeno e médio porte possam vencer essa situação que vivemos?
GN – Certamente é necessário planejamento e sempre trabalhar com folga estratégica, garantindo a qualidade e rápido atendimento, disponibilidade de link, disponibilidade de kits de instalação para clientes. Desta forma conseguirá entregar uma experiência melhor para cliente, no tempo de ativação e também terá mais disponibilidade para suprir demandas inesperadas.
WR – No seu ponto de vista, qual será o comportamento do usuário doméstico e corporativo no “Novo Normal”?
GN – O comportamento do usuário no “novo normal” ninguém sabe, mas é certo que a infraestrutura dos service providers (ISP) transformará a Internet pois estamos criando uma infraestrutura muito mais robusta que será um ótimo legado. Em termos de tráfego, somente o comportamento no novo normal que dirá, mas é notório o crescimento do volume de dados na rede.
WR – Qual é a mensagem que você deixa aos empresários para atravessarem esse momento?
GN – Trabalhar focado e acreditar, pois essa situação é passageira. Não é uma equação simples, mas trabalhar com seriedade e atento as informações de fontes seguras para uma tomada de decisão mais assertiva.
Mais uma vez podemos verificar que o mercado de service providers está cada vez mais próspero e em expansão melhorando a qualidade de serviços para usuários domésticos e corporativos.
Vida longa às tecnologias que prometem melhorar a qualidade de vida da população.
Saúde e Prosperidade!!! Até a próxima!!!
Por Wallace Rodrigues Wanderley

Especialista no mercado TIC, no desenvolvimento de modelos e estratégias de negócios em telecomunicações, FTTH, infraestrutura de TI e CFTV. Engenheiro de Telecom/Inatel.
Business Manager | Negócios
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Genésio Neto – G2G – linkedin.com/in/genesio-neto-53552229
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